Jorge Nuno Pinto da Costa concedeu uma extensa entrevista à edição desta quarta-feira do jornal O Jogo, na qual voltou a apontar o dedo a André Villas-Boas, um dos adversários que terá, pela frente, nas eleições do próximo sábado.
“Quando vi na apresentação quem lá estava, vi pessoas que são inimigas do FC Porto, só vi ressabiados, só vi pessoas que nunca fizeram nada pelo FC Porto, que são totalmente desconhecidas. É evidente que não podia apoiar”, começou por afirmar o atual presidente do FC Porto. Recordo-lhe que só me candidatei depois do Villas-Boas”, afirmou.
“Ainda admitia, e estava na esperança, que ele se rodeasse de gente do FC Porto, capaz de continuar as vitórias e a gestão destes 42 anos. Quando vi que não era assim, resolvi candidatar-me, sacrificando a minha vida, a minha família, que era contra a minha candidatura, porque não confiava de maneira nenhuma no que estava a ver. E tive razão”, acrescentou.
O presidente do FC Porto alertou, ainda, para os perigos de o adversário vir a sucedê-lo no cargo: “Só havia uma coisa de que eu tinha medo, era que o clube viesse a sair da mão dos sócios, com a venda de ações, como aconteceu no Sporting de Braga, porque são os mesmos que trataram desse negócio que estão por trás dessa candidatura. Então, eu teria, não é medo, teria um peso enorme na consciência se não me tivesse candidatado, quando isso acontecesse”.
Quando questionado quanto ao facto de o candidato da Lista B já ter feito saber, publicamente, que, a ser eleito, não irá receber qualquer tipo de remuneração, o líder máximo do conjunto azul e branco recordou que Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica, “também não era”.
“Quer dizer que, às vezes, dá mau resultado. Se calhar, estará suficientemente rico, e é natural, porque recebeu pequenas fortunas em vários despedimentos, e, naturalmente, se, não sei se tem, mas se, por exemplo, tivesse dinheiro no Uruguai, ganhava muito dinheiro, poupava muito dinheiro em impostos”, referiu.
A terminar, Pinto da Costa apontou a final da Liga dos Campeões como um dos objetivos para o próximo mandato: “Parece impossível. Mas, se tivéssemos tido aquela sorte que é sempre precisa na marcação dos penáltis, se tivéssemos eliminado o Arsenal, acho que podíamos, este ano, ter estado na final”.
“Nao conseguimos ultrapassar esse pormenor e ficámos pelo caminho. Mas o meu objetivo, o nosso objetivo, é voltar a estar numa final europeia. E, depois, quando se está numa final, é sempre para tentar ganhar, porque, seja qual for o adversário, é sempre 50-50 de probabilidades”, completou.